29 março 2013

Nada a dizer

A sensação é de nunca ter nada a dizer, mas eu sei que há muito em mim que eu quero espremer, extrair para que saia a angústia, as palavras, ou seja lá o que for que tenha que sair de mim.
Eu quero escrever, começar com uma frase, uma palavra e seguir com pontos, acentos e espaços; mas não quero a cada acento parar para pensar que é uma grande bobagem escrever sobre a vontade de escrever, de falar, de fazer qualquer coisa, e no fim não fazer nada além de ter escrito sobre o que queria se escrever.

Também é que eu estou muito cansada de ouvir coisas das pessoas, ler coisas de outras pessoas, e sentir que o que é de mim não está sendo exposto nem para mim mesma.
Parece que escrever para organizar as ideias não têm me dado tanta organização de pensamentos assim nos últimos tempos, até porque apenas consigo anotar em uma cardenetinha o que eu queria ser e o que eu odeio.

E viver em meios tão apáticos ao meu ver está me deixando apática, com as coisas que eu gosto, com as coisas que eu queria e já nem quero mais. Com praticamente tudo na minha vida.

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